Eu quero PAZ!

Um pouco de poesia para superar…

 

Nasce a manhã, saio para passear.

Percebo o movimento reduzido de pessoas e carros – é feriado.

Aurélio faz cocô.

Cocô é recolhido.

Continuo o passeio rumo a uma quadra onde costumo andar.

Vejo outros donos de cães.

Faço um vídeo.

Tiro umas fotos.

Estou de volta ao caminho de casa.

É um assalto!

Anuncia um jovem rapaz.

Me pede o celular.

Estou inerte, não entrego.

Me pede a máquina fotográfica.

Entrego, sem relutar.

Minhas pernas tremem.

Corro. Ajuda o medo passar.

Em casa, a notícia faz revoltar.

Na delegacia, vejo fotos, muitas fotos.

Finalmente, em casa,

encontro o bálsamo para consolar:

uma oração ao Deus que todos os dias me faz acordar.